Qual é o próximo salto no desenvolvimento gráfico dos jogos?
A geração atual de video games já está quase no fim. A Nintendo foi a primeira a anunciar o novo console, que deve chegar ainda este ano ao mercado. Sony e Microsoft ainda não fizeram anúncios oficiais a respeito, mas diversas informações extraoficiais surgiram na mídia, como um documento que mostra o suposto Xbox 720. Segundo dados encontrados no texto, o novo aparelho da Microsoft será até seis vezes mais potente que o atual.

Crytek: a próxima geração já começou
Recentemente o fundador e CEO da Crytek, Cevat Yerli, disso em uma entrevista o que devemos esperar da nova geração. Segundo Yerli, no ano passado a empresa reuniu as melhores especificações possíveis encontradas nos PCs e determinou que aquele ponto seria a base para o desenvolvimento das novas plataformas. A partir disso, a Crytek estabeleceu que Crysis 3 será o bechmark da nova geração.
A próxima versão da CryEngine deve introduzir muitos efeitos nos games, como sombras e névoas volumétricas, efeitos de luz HDR dinâmicos muito mais precisos, iluminação geométrica e um número ilimitado de partículas.
Os novos recursos gráficos: Tessellation
Um dos recursos mais interessantes trazidos pelos novos motores gráficos já é conhecido dos profissionais de computação gráfica. O Tessellation veio junto com o DirectX 11 para inaugurar uma nova era na animação tridimensional.
Mas como funciona esse efeito e porque ele pode melhorar a definição dos gráficos? Dentro dos games, a maioria dos itens é construída por polígonos, ou seja, são milhares de quadrados e triângulos posicionados lado a lado para formar os objetos que vemos na tela. Para ampliar os detalhes é preciso aumentar o número de polígonos.

Depois de construir os itens com polígonos, é preciso aplicar texturas sobre eles. Através disso é possível criar composições muito detalhadas.
Existe uma espécie de textura chamada Displacement Map. Essa ferramenta contém informações de profundidade embutidas no seu código, podendo reproduzir efeitos de volume na superfície das construções. Logo, os artistas gráficos podem aplicar o efeito Tessellation nos objetos e, por cima, o Displacement Map, garantindo efeitos especiais incríveis.
Um motor gráfico revolucionário. Seria essa a grande mudança?
Há algum tempo uma empresa australiana fez um tremendo barulho na comunidade gamer. A desenvolvedora Euclideon publicou um vídeo demonstrando o seu novo motor gráfico. A Unlimited Detail promete justamente isso: detalhes e objetos ilimitados na tela, sem sobrecarregar a GPU.
Os novos efeitos especiais já atingiram um nível impressionante e a capacidade cada vez maior dos chips gráficos já proporciona confusão em alguns momentos. Se colocarmos um dos carros presentes nos games Forza Motorsport ou Gran Turismo ao lado de um veículo real, a primeira vista fica difícil distinguir a realidade da ficção, tamanho é o nível de detalhes.

Desde Pong até Crysis 3 passou-se muito pouco tempo e essa evolução cresce em progressão geométrica. É difícil imaginar que levaremos mais trinta anos até atingir a perfeição completa nos gráficos, pois tudo indica que isso poderá acontecer muito antes do que imagina.
Realidade virtual: a próxima revolução
Segundo o criador de Doom, John Carmack, somente melhorar os gráficos já não chama mais a atenção como antes e é um erro acreditar que somente efeitos visuais podem justificar a adoção de novos sistemas. Quem demonstrou isso com eficiência foi o Wii, que chegou ao mercado exibindo gráficos ultrapassados, mas conseguiu mudar a forma como as pessoas interagiam com os games.

Em meados da década de 1990 o mundo foi invadido por uma onda de realidade virtual. Revistas, desenhos animados, filmes e arcades tentaram embarcar na onda, oferecendo aos jogadores experiências fantásticas no mundo das realidades alternativas.
A Nintendo entrou nessa moda lançando o Virtual Boy. O console da empresa não fez sucesso, por motivos que hoje nos parecem mais do que óbvios, mas na época nem tanto. Talvez a falta de tecnologia necessária tenha sido o maior empecilho para o sucesso do produto.

E você? Acredita que em breve poderemos ter games com gráficos indistinguíveis da realidade? E depois disso, qual vai ser o próximo passo da indústria? Deixe seu comentário.
Fonte: GamesIndustry, VG24/7, EDGE, GameTrailers, Press2Reset, Kotaku, NVIDIA
Via BJ